Reeleita para um mandato de mais quatro anos, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse ao canal de televisão SBT, em entrevista exibida na noite desta terça-feira, que vai sugerir um plebiscito ou referendo para a reforma política do Brasil. A petista também falou que pode chamar o senador Aécio Neves (PSDB)e a ex-senadora Marina Silva (PSB) para debaterem a proposta de reforma.
– Acho que não interessa muito se é referendo ou plebiscito. Pode ser uma coisa ou outra – afirmou ela.
Cabe ao Congresso convocar a consulta popular. No plebiscito, os eleitores respondem diversas perguntas relacionadas à reforma política com “sim” ou “não” e, com base nisso, os parlamentares elaboram uma nova lei. Já no referendo, o Congresso discute, vota e aprova a legislação, e os eleitores são convocados para concordar ou discordar da posição dos parlamentares.
Antes da entrevista ao SBT, Dilma falou ao vivo no Jornal da Band e deixou claro que é “muito difícil que não tenha consulta popular” na reforma política. Além disso, a presidente se mostrou aberta ao diálogo, mas sem ceder a todas as exigências da oposição:
– Não é uma negociação toma-lá-dá-cá. Não pode ser assim. Tem que ser negociação sobre as coisas importantes para o futuro do país. O que temos que discutir é como encarar, daqui para a frente, as reformas fundamentais: a reforma política, essa de como encaminhar a reforma tributária.
O pleito mais acirrado da história
As eleições presidenciais de 2014 foram as mais acirradas da história brasileira. É fácil constatar porque presidentes só são eleitos, no país, há pouco mais de um século, já que a República foi proclamada em 1889 e antes disso existia o império, hereditário. A reeleição de Dilma, com 51,6%, se deu com pouco mais de três pontos de diferença em relação a Aécio, com 48,3%.
Antes desse, o pleito com resultado mais apertado foi em 1955, quando Juscelino Kubitschek se elegeu com 35,7% contra Juarez Távora, que fez 30,2%. Uma diferença de pouco mais de cinco pontos.
Fonte: Zero Hora
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