segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Alguns animais que as próximas gerações podem não conhecer

Baleia, um dos 26% dos mamíferos ameaçados de extinção no planeta 

No Brasil, 1 173 animais estão ameaçados de extinção, de acordo com o último estudo do Ministério do Meio Ambiente. São animais como a baleia-azul ou o boto-cor-de-rosa, que podem desaparecer no próximo século


Essa tartaruga, que chega a ter 1,5 metro de comprimento, vive nas zonas costeiras do Brasil, do Rio de Janeiro até as praias da região Nordeste. A espécie está na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1996 e, no Brasil, entrou para o relatório do Ministério do Meio-Ambiente em 2003. Ela habita o Nordete do Brasil e, no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, há apenas 17 fêmeas e os estudos indicam uma diminuição de 48% a 67% no número de fêmeas que se reproduzem nos últimos anos. Os principais riscos à espécie são, além da caça, a captura acidental dos ovos em redes de pesca e a poluição dos mares, que impede sua reprodução. No Brasil, o Tamar, projeto de conservação internacionalmente reconhecido, têm contribuído para a manutenção da espécie. 


Em todo o mundo, 41% dos anfíbios, 26% dos mamíferos e 13% dos pássaros estão próximos de desaparecer. No Brasil, são 1 173 animais ameaçados, de acordo com o último estudo do Ministério do Meio Ambiente, divulgado em dezembro. Se as estatísticas continuarem crescendo, em meio século, animais como o a onça-pintada, o boto-cor-de-rosa ou o tatu-bola talvez não existam soltos na natureza. 
Além desses bichos carismáticos, que apelam à emoção e são facilmente estampados em camisetas ou broches que convidam à preservação, uma grande população de animais nem tão simpáticos, como besouros, pererecas ou lacraias tem diminuído drasticamente. De acordo com as pesquisas, a maior parte da população de invertebrados, como abelhas ou borboletas, sofreu um declínio de 45% desde os anos 1970. No mesmo período, os vertebrados tiveram uma queda populacional de 30%. No total, 322 espécies desapareceram nos últimos 500 anos.
Os dados são baseados em estimativas, pois os pesquisadores conhecem cerca de 4% de todos os prováveis 11 milhões de animais de habitam o planeta. "Espécies raras e desconhecidas provavelmente estão ainda mais ameaçadas, pois descobrimos primeiros e prestamos mais atenção aos animais comuns", diz o biólogo americano Clinton Jenkins, pesquisador visitante da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), no Brasil.  
Para o equilíbrio ambiental e o bem-estar humano, o decréscimo dos animais na natureza é problemático. Perder a biodiversidade pode significar o surgimento e crescimento de doenças em humanos e a diminuição dos recursos naturais que movem a economia mundial.

Morcego ('Fueripterus horrens')



Essa espécie de mamífero voador é rara e habita cavernas da América do Sul. No Brasil, sua população diminuiu em decorrência da atividade mineradora. Os pesquisadores estimam que, nos próximos dez anos, a espécie sofrerá um declínio de pelo menos mais 30%. Ao contrário da maior parte dos morcegos, essa espécie se alimenta de insetos, como borboletas. É classificada com vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente brasileiro. 

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