quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Coordenador de campanha do PSB deixa o cargo e dispara contra Marina que se articula para evitar mais baixas no seu projeto eleitoral

Em meio à tensão com a saída de Carlos Siqueira da coordenação da campanha, a candidata à Presidência Marina Silva, do PSB, se articula para evitar mais baixas no seu projeto eleitoral. A investida se dá, inclusive, entre partidos nanicos e de pouca influência. A candidata tenta recuperar o apoio do PSL, legenda que em 2010 elegeu apenas dezoito deputados estaduais e dois federais – atualmente, nenhum parlamentar do PSL está em exercício na Câmara. O presidente da legenda, Luciano Bivar, chegou a anunciar que deixaria o arco de cinco partidos coligados ao PSB, mas sofre pressão para mudar de decisão. Nesta quinta, Walter Feldman, porta-voz da Rede e braço-direito de Marina, ligou para Bivar agendando um encontro entre ele e Marina. A conversa foi agendada para esta sexta-feira, em São Paulo. “O que eu quero saber é se determinados pontos que eu conversei com o Eduardo Campos serão mantidos. Eu não sei o que está na cabeça da Marina e nossa conversa não significa que eu vá mudar de opinião”, disse Bivar ao site de VEJA. Nesta quinta, os outros quatro partidos coligados – PPS, PPL, PHS e PRP – confirmaram o apoio à candidatura da ex-senadora. (Marcela Mattos, de Brasília)


O coordenador da campanha presidencial do PSB, Carlos Siqueira, não está mais na função. Na manhã de hoje (21), Siqueira, que também ocupa o cargo de secretário-geral do partido, confirmou a saída e criticou a candidata Marina Silva. Para ele, "ela não é do PSB".

Em entrevista à Folha de São Paulo, Siqueira afirmou que que Marina Silva havia sido deselegante com o coordenador da campanha e cortou relações pessoais com a candidata. Ao Diário de Pernambuco, ele foi além: "Da senhora Marina Silva eu quero distância. Eu não participo de campanha de Marina Silva. Ela não é do PSB", disse, em referência à criação da Rede Sustentabilidade, liderada por Marina, que seria o futuro partido da candidata do PSB.

A Folha afirma que Marina teria dito ao próprio Carlos Siqueira que ele não precisaria se preocupar com a coordenação da campanha, o que foi mal recebido pelo secretário-geral do PSB. Apesar de ter votado contraiamente à candidatura de Marina, Siqueira garante que permanecerá dentro do PSB e se rende à vontade da maioria, mas que não vai atuar na campanha.

O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, terá reunião com dirigentes de partidos que compõem a coligação para discutir a nova coordenação da campanha. Ele não comentou a saída de Siqueira.

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